sexta-feira, 31 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Segurando a Corda
Esboço da palestra ministrada na Escola Intensiva de Missões (08/07/2015)
Cuidando daqueles que servem
Por Luciano Paes Landim
Introdução:
1. William Carey: “A
Índia é uma mina de ouro. Eu vou descer e cavar, mas vocês, devem segurar as
cordas.”
2. O propósito de Deus é
que enviemos nossos missionários de modo que este envio seja digno de Deus,
cuidando para que nada lhes falte – seja dinheiro, orações ou pastoreio.
a) Oswald Smith: “Se
Deus quer a evangelização do mundo, mas te recusas a sustentar as missões,
então opões-te à vontade de Deus.”
b) Martinho Lutero:
“Três conversões são necessárias: a conversão do coração, a conversão da mente
e a conversão da carteira.”
c)
John
Wesley acreditava piamente que o cristão deveria não apenas dar o
dízimo, mas também, uma vez tendo suprido sua família, entregar toda sua renda
excedente aos necessitados.
2. A
contribuição não é somente alguma coisa que apresentamos a Deus, porém,
principalmente, uma graça que Deus concede a nós. Deus nos dá o privilégio de
sermos parceiros no grande projeto de evangelização do mundo e assistência aos
santos.
3. Missões
é gente pobre tirando de sua pobreza até mesmo o que lhe falta para propagar o
Nome de Cristo pelas nações. Ninguém é pobre demais que não possa financiar
missões.
4. A dificuldade missionária da igreja:
a) Os
jovens gastam mais com refrigerantes do que com a obra missionária
b) As
mulheres gastam mais com cosméticos do que com a obra missionária.
c) Os
homens gastam mais com sua bebida preferida ou seu esporte favorito do que com
a obra missionária.
d) Muitos
gastam mais com o veterinário do seu cãozinho de estimação do que com a obra
missionária.
e) Pré-conclusão: A
dificuldade missionária da igreja não é carência de recursos, mas de uma
mordomia, administração, certa dos recursos financeiros dados pelo Senhor.
5. Como devemos contribuir para missões:
a) Com alegria: “Cada um contribua segundo tiver proposto no
coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com
alegria” (2Co 9.7).
b) Com proporcionalidade: “No primeiro dia da semana, cada um de vós
ponha de parte, em casa, conforme a sua
prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for”
(1Co 16.2).
c) Com regularidade: “No
primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a
sua prosperidade, e vá juntando, para que se não façam coletas quando eu for”
(1Co 16.2).
d)
Com
sacrifício: “Porque eles, testemunho eu, na medida de suas posses e
mesmo acima delas, se mostraram voluntários, pedindo-nos, com muitos rogos, a
graça de participarem da assistência aos santos. E não somente fizeram como nós
esperávamos, mas também deram-se a si mesmos primeiro ao Senhor, depois a nós,
pela vontade de Deus” (2Co
8.3-5).
6. Padrões gerais de sustento missionário
em alguns países (Ronaldo Lidório):
a) No noroeste africano as pequenas igrejas
tribais plantam campos de arroz coletivamente. Quando 5 ou 6 campos são
plantados eles separam o melhor deles para “missões”. O arroz produzido naquele
campo é vendido e enviado a crentes que habitam em outras tribos com o intuito
de levar ali o Evangelho.
b) No sul da Índia há o costume de famílias
de missionários serem “adotadas” por um grupo de famílias de uma determinada
região que os sustentam de acordo com o seu padrão médio de vida.
c) Na China vários crentes separam uma árvore
em seu pomar, um dia de trabalho por semana ou uma galinha em seu galinheiro
cujo lucro é destinado ao trabalho missionário.
d) Na Indonésia algumas aldeias criaram o
“dia da oferta” e todos naquele dia trazem parte da colheita a fim de enviarem
aos seus missionários.
e) Em Portugal uma pequena igreja no Porto
desenvolve um projeto escolar no templo ajudando a comunidade local e
destinando o lucro para o sustento de projetos missionários nacionais e
transculturais.
f) Algumas
igrejas coreanas defendem a tese de
que, havendo fidelidade nos dízimos, a igreja local ver-se-á sempre em
condições de sustentar condignamente a obra missionária proposta.
1. Missionários são
seres humanos, como todos nós. Não são super-homens ou seres superiores, e sim
pessoas que precisam de cuidado, pastoreio e amor.
2. O cuidado missionário
faz parte da missão, e deve estar ligado a ela.
3. Triste realidade: Infelizmente, um grande número de
missionários volta prematuramente do campo por falta de cuidado por parte
daqueles que os enviam.
4. Muitos missionários
lutam contra a depressão, as experiências dolorosas do campo, os problemas na
equipe, situações de guerra e morte, atendimento médico precário, salário
insuficiente, educação escolar inadequada para os filhos e falta de recursos
para aposentadoria.
5. As dores do trabalho
já são terríveis por si mesmas, mas as dores do abandono multiplicam qualquer
angústia.
6. Principais problemas apontados pelos missionários:
a) Falta de cuidado
pastoral.
b) Falta de apoio para
as necessidades do ministério.
c) Falta de apoio
financeiro.
d) Falta de comunicação.
e) Falta de visitas
regulares.
7. Soluções práticas no pastoreamento do missionário:
a) Liderar o
missionário, mesmo à distância.
b) Enviar as ofertas sistematicamente.
c) Enviar mensagens ao
missionário: e-mails, cartas, através de redes sociais, telefone.
d) Enviar bons livros.
e) Fazer viagens com o
propósito de visitar o missionário.
f) Oferecer viagem de
descanso ao missionário.
g) Obter notícias do
missionário e interceder por ele.
1.
Patrick
Johnstone: “Quando o homem trabalha, o homem trabalha. Quando o homem
ora, Deus trabalha.”
2. É preciso haver sustento em oração:
a) Para
que o missionário no campo tenha êxito no seu trabalho, é preciso haver
sustento em oração. Tudo começa com oração. Oração e missão são tão unidas que
é impossível pensar em uma sem a outra. Não se deve pensar em missão sem
oração.
b) Tudo
deve começar, continuar e terminar com oração. Quando oramos, Deus opera. A
obra missionária avança de joelhos, quando oramos.
3.
Exemplo de igreja intercessora:
a)
Os irmãos morávios do
século XVIII, da Bavária, na Europa Central, são um exemplo marcante de
suficiência missionária em Cristo. Eles iniciaram uma vigília de oração que
durou mais de 100 anos!
b)
Durante 28 anos enviaram
mais missionários para Groelândia, América do Norte, Caribe, África e Ásia que
todas as outras igrejas nos dois séculos depois da Reforma Protestante. Os
irmãos morávios eram fruto de oração e de total dependência do Deus
Missionário.
4. Motivos para se orar por missões:
a) É
uma ordem de Jesus (Mt 9.37,38);.
b)
Jesus deixou-nos o exemplo (Lc 6.12,13).
c) É
o meio de conseguir missionários no campo (Lc 10.2).
d) É
o meio de enfraquecer as forças malignas (Ef 6.12).
5. Desafios para que se interceda por
missões:
a) Orar
a Deus para que sejam levantados obreiros (Mt 9.38).
b) Orar
pedindo a Deus para que conceda graça e intrepidez aos missionários para
pregarem o Evangelho (At 4.29-31 e Ef 6.18-19).
c) Orar
a Deus para que levante um exército de obreiros no campo.
d) Orar
por um despertamento e avivamento naquele lugar.
e) Orar
pela saúde dos missionários.
f) Orar
pelas famílias dos missionários.
g) Orar
pelos novos convertidos.
h) Orar
pelos não alcançados pelo Evangelho.
i) Agradecer
a Deus pelas suas respostas; e etc.
Conclusão e Aplicações:
1. Deus honra a igreja que faz missões: Deus
é tão gracioso que quando a igreja vive em obediência missionária, investindo
em missão, Ele providencia os recursos materiais necessários: “Recebi tudo e tenho abundância; estou
suprido, desde que Epafrodito me passou às mãos o que me veio de vossa parte
como aroma suave, como sacrifício aceitável e aprazível a Deus. E o meu Deus,
segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de
vossas necessidades. Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos
séculos. Amém!” (Fp 4.18-20).
2. Descendo ou segurando a corda: Quando
alguém oferta para missões ou ora, mesmo não indo pessoalmente, ele está, de
alguma forma, levando a glória de Deus para os povos. Precisamos pescar homens
de um modo ou de outro – seja descendo aos locais que precisam de Deus, seja
mantendo aqueles que descem a esses locais, com orações fervorosas, doações
financeiras e pastoreio cuidadoso.
3. Advertência: É bom lembrar que, mesmo podendo cumprir o
envio de Cristo de vários modos – ofertando e orando, nada nos livra da
responsabilidade de pessoalmente sermos evangelistas. Ainda que você esteja
segurando a corda, você não está livre do dever de ser missional.
4. Ilustração: O jovem que se voluntariou a salvar de uma
enchente uma criança.
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