sábado, 16 de novembro de 2013

Resumo da 1ª Palestra do TREINAMENTO BÍBLICO DE EVANGELISMO





O Que é o Evangelho?

 

Rm 1.16,17 e Gl 1.9

(Ontem, 15 de novembro, foi realizado o Treinamento Bíblico de Evangelismo na Igreja Internacional BOAS NOVAS em São Sebastião/DF. Abaixo, um resumo da 1ª Palestra)

 

Introdução:

 

1.      Sorrateira e imperceptivelmente, temos trocado o evangelho puro e verdadeiro por outro inteiramente sujo e falso. O problema reside exatamente aí: o falso evangelho “aparenta” ser poderoso para salvar, entretanto, obscurece a verdade e sucumbisse na perdição. Ele é totalmente diferente. Ele falha justamente em não produzir arrependimento, humildade, transformação e salvação.

 

2.      O evangelismo moderno diz: “Jesus te ama, vamos à minha igreja?”, porém, o evangelismo bíblico diz: “Arrependa-se dos seus pecados e creia no Filho de Deus”.

 

3.      Hoje as pessoas “testemunham”: “Antes de conhecer Jesus eu não tinha casa nem carro, agora que eu conheço Jesus tenho casa e carro”, mas os cristãos da igreja primitiva testemunhavam: “Antes de conhecer Jesus eu tinha casa e fazenda, agora que conheço Jesus vendi tudo e distribui aos pobres”.

 

4.      O evangelho moderno diz: “Não morrerei enquanto as promessas de Deus não se cumprir... Quem tem promessas de Deus não morre não”. O antigo e verdadeiro evangelho diz: Todos estes morreram na fé, sem ter obtido as promessas; vendo-as, porém, de longe, e saudando-as, e confessando que eram estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hb 11.13).

 

5.      Inquirições: O que é o evangelho? O que não é o evangelho? Como distinguir o verdadeiro do falso?

 

I. O que não é o evangelho:

 

1.      Evangelho não é autoajuda: “Acredite em si mesmo” (o mantra mais repetido da Nova Era), “Siga o seu coração”. Por que eu não creio em pregações de autoajuda:

 

a)      Pregações de autoajuda ensinam aquilo que o povo quer ouvir e não o que precisa ouvir.

 

b)      Pregações de autoajuda tiram Cristo do foco. O foco central de mensagens deste tipo de mensagem é a satisfação humana.

 

c)      Pregações de autoajuda são desprovidas de arrependimento, quebrantamento e centralidade das Escrituras.

 

d)     Pregações de autoajuda não focam na glória de Deus. Para os pregadores do bem estar, o que importa é a busca pela plenitude de vida, ainda que com isso, Deus tenha que ser transformado em um menino de recados.

 

2.      Evangelho não é confissão positiva: “Determine e as coisas vão acontecer”, “determine que o seu casamento vai ser restaurado”, “decrete a sua vitória” (isso é paganismo). O certo é crer e obedecer a Palavra de Deus. Razões porque eu não creio na confissão positiva:

 

a)      A confissão positiva substitui a fé em Deus pela habilidade de ter fé em si mesmo: O simples fato de confessar positivamente o que se crê faz com que o desejo confessado aconteça. Devemos lembrar de que o termo “decreto” pertence somente ao Senhor

 

b)      A confissão positiva aniquila a soberania de Deus: Deus não depende das palavras dos homens para agir. Deus é e sempre será Soberano. Soberania é o atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar.

 

c)      A confissão positiva enaltece o homem: Quando entendemos biblicamente quem na realidade é o homem, ficamos sobremaneira conscientes de nossas falhas e limitações. Quanto mais a confissão positiva enaltece o homem, mais vemos o seu erro. A Bíblia nos mostra claramente que o homem nada é comparado ao Senhor nosso Deus.

 

d)     A confissão positiva dá mais valor a palavra falada do que às Escrituras: Onde fica a luta de reformadores como Lutero? Muitos foram aqueles que lutaram para que hoje tivéssemos a Palavra de Deus em nossas mãos. Muito sangue foi derramado para que pudéssemos ler às Escrituras sem a interferência da vontade humana.

 

3.      Evangelho não é teologia da prosperidade: Razões porque eu não creio na teologia da prosperidade:

 

a)      Porque a Bíblia afirma que não posso servir a Deus e ao dinheiro:“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24).

 

b)      Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males: “Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.10).

 

c)      Porque a teologia da prosperidade não ensina o arrependimento de pecados, ensino este (arrependimento) que é ordenado por Jesus: “e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.47).

 

d)     Porque a teologia da prosperidade não me ensina estar contente:“Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Tm 6.8).

 

II. O que é o evangelho:

 

1.      Evangelho não é moda ou diversão. No evangelho a renúncia é diária (Lc 9.23): “Dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me.”

 

2.      Marcos 1.14-15 diz que Jesus começou seu ministério pregando o evangelho de Deus, uma mensagem resumida em “o tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo”.

 

3.      A diferença entre o falso e o verdadeiro evangelho jaz no fato de que o falso preocupa-se por demais em “ajudar” o homem (ele é antropocêntrico), suas bases estão no egocentrismo e na egolatria, e o verdadeiro glorifica a Deus (é cristocêntrico), seu centro de referência é Deus.

 

4.      O verdadeiro evangelho ensina os homens a glorificarem a Deus, o falso evangelho ensina os homens a se sentirem melhores.

 

5.      O verdadeiro evangelho prega a salvação pela graça – o caminho de Deus ao homem. O falso evangelho prega a salvação pelas obras – o caminho do homem a Deus. O verdadeiro aborda Deus, o falso aborda o homem.

 

6.      Evangelho não é apenas que tudo está bem conosco, mas também que a ira de Deus sobre nós foi tirada pelo sangue de Jesus.

 

7.      Evangelho não é apenas que Deus é amor. Deus também é justo e santo.

 

8.      Evangelho não é apenas que Jesus quer ser nosso amigo. Jesus é o nosso único Senhor e Salvador.

 

9.      O Evangelho é sobre o que Cristo fez.

 

10.  Evangelho é uma fé crescente, uma esperança firme e segura quanto ao que há de vir.

 

11.  As boas novas sobre Jesus não é que consigamos apenas nos livrar do inferno gratuitamente, mas que nós nos tornemos como o próprio Jesus e sejamos capacitados a viver e reinar com ele eternamente no novo céu e na nova terra.

 

12.  Deus nos chama a arrepender-nos de nossos pecados e crer somente em Cristo.

 

13.  Devemos pregar a Lei e a Graça. A Lei mostra a doença. A Graça mostra o remédio.

 

14.  Ilustração: Nenhum médico deve esconder a doença do paciente. E nenhum médico deve esconder o remédio do doente.

 

15.  Rm 1.16: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”.

 

Conclusão e Aplicações:

 

1.      Renove o seu compromisso de crer no verdadeiro evangelho: “O evangelho é a única esperança para a humanidade. A igreja não pode substituir o evangelho por outra mensagem. O propósito de Deus é o evangelho todo, por toda a igreja, em todo o mundo” (Hernandes Dias Lopes).

 

2.      Renove o seu compromisso de defender o verdadeiro evangelho:“Quanto a mim, continuarei a defender o antigo evangelho, não posso fazer outra coisa. Se Deus me ajudar, suportarei as consequências do que os homens julgam ser obstinação” (Charles Spurgeon).

 

3.      Renove o seu compromisso de pregar a cruz de Cristo: “O evangelho é Cristo crucificado, sua obra consumada na cruz. E pregar o evangelho é apresentar Cristo publicamente como crucificado. O evangelho não é, antes de mais nada, as boas novas de um nenê na manjedoura, de um jovem numa banca de carpinteiro, de um pregador nos campos da Galileia, ou mesmo de uma sepultura vazia. O evangelho trata de Cristo na cruz. O evangelho só é pregado quando Cristo é 1publicamente exposto na sua cruz’” (John Stott).
Nos laços do calvário que nos une,
Luciano Paes Landim.

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