Lamentavelmente, temos visto o
desprezo de muitos no que refere à meditação das Escrituras. Vivemos dias
difíceis em que muitos abandonaram o estudo da Palavra de Deus. Há pesquisas
que denunciam 86% de evangélicos brasileiros que nunca leram a Bíblia inteira
nenhuma vez e 50,68% dos pastores e líderes brasileiros que nunca leram por
inteiro o Livro de Deus pelo menos uma vez. 80% dos pastores da nossa nação só
leem a Bíblia quando vão preparar sermões, afirmam pesquisas.
Tão terrível quanto não ler a
Bíblia é tratar o Livro de Deus como palavras de autoajuda, horóscopo gospel e
o que chamo de bibliomancia. A Palavra de Deus não é uma receita de palavras de
auto aceitação e de autoajuda. Ela não fala de autoajuda, mas de ajuda do alto.
A ênfase dela não está no homem, mas em Deus. Deus é quem nos aceita (os eleitos)
por sua infinita graça. Vermos a Palavra de Deus como um livro de autoajuda só
contribuíra com uma visão distorcida do Eterno, fazendo de Deus um ser
apequenado, cujo propósito de existência é satisfazer os caprichos humanos.
A Bíblia também não é um método
de adivinhação onde tiramos uma pequena porção da mesma e nos dirigimos. Pelo
contrário, as Escrituras devem ser lidas por completa, não através de porções,
e deve nos guiar por inteiro. Não somos nós que nos guiamos, porém, é Deus quem
nos guia. A ideia de ler a Bíblia através da “caixinha de promessas” onde são
selecionados apenas versículos coniventes ao leitor, deve ser rejeitada completamente.
As Escrituras devem ser lidas por completas. Devemos ler toda a Escritura e não
somente aquilo que nós consideramos como conveniente.
A Bíblia também não é um
amuleto. Não adianta colocarmos a Bíblia aberta no Salmo 23 ou 91 em cima da
nossa estante. A Bíblia tem de estar em nossa mente e coração. Ela não é um
talismã que vai atrair todo mal da nossa casa para ela e nos trazer sorte. Há
uma diferença enorme e fundamental entre a fé bíblica e as crendices
supersticiosas. Cristianismo não é animismo. Para o cristão não existe sorte
nem azar, mas providência divina, plano de Deus.
A Bíblia também não é um livro
mágico ou “psicografado” pelo Espírito Santo. Ela é a revelação escrita,
inspirada, inerrante, autoritativa e suficiente Palavra de Deus: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e
útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na
justiça” (2Tm 3.16).
Portanto, digo: abandonemos o
paganismo e façamos da Bíblia, mas toda Ela, a nossa meditação dia e noite.
Pratiquemos a Palavra de Deus com toda a nossa força. Preguemos o Evangelho aos
perdidos e vivamos para a glória de Deus.
Nos laços do Calvário que nos
une,
Luciano Paes Landim.
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